terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Tire a mão da taça. Seja gentil!

Nas ultimas semanas o Brasil e mundo se deparou com mais uma fatalidade que nos deixa sem reação. A queda de um avião com toda uma equipe de atletas, jornalistas e profissionais, onde a maioria morreu.
Noticias como essas causam além de tristeza, algumas reflexões diversas. Quem assiste de longe a tudo isso reflete e sente diferente do que aqueles que estão sentindo na pele a perda de um ente querido.
Não vou falar sobre o acidente aqui e a tristeza gerada por este, mas sim sobre um ato observado pós-acidente.
O time de futebol estava a caminho de um jogo importantíssimo para o clube para disputa de uma Taça. Após a tragédia, o time adversário informa que abriria mão da taça (premio) e dedicaria ao time cuja maioria já não tinha mais vida.
 Bem, em meio a tamanha dor, um gesto de gentileza. Obviamente não ameniza em nada, mas demonstra uma consternação por parte de quem fica.
Diante dessa ação que para alguns é super-relevante e para outros nada importa, me coloco a pensar sobre essa palavra: Gentileza!
Em que momento da vida, nós somos gentis? Em qual momento da nossa caminhada abrimos mão da taça em prol do outro?
Diante de fatos trágicos em que nossa emoção fica a flor da pele talvez seja mais fácil abrir mão da taça, ou seja, abrir mão do que pudesse ser nosso, algo que queríamos muito, em favor de alguém ou por uma situação. Mas e quando não temos nenhum ”motivo” aparente para isso? Penso que nesse caso a gentileza fica um pouco mais encoberta  pelas nossas razões, vontades, desejos e confortos.
É preciso abrir mão de algumas ou muitas coisas para termos uma vida de gentileza. Pode ser que isso custe um preço um pouco alto aos nossos olhos, mas com certeza o fruto disso será maravilhoso.
Tire a mão da taça! Seja gentil!


Por Daniele S. Ramos