Nas
ultimas semanas o Brasil e mundo se deparou com mais uma fatalidade que nos
deixa sem reação. A queda de um avião com toda uma equipe de atletas,
jornalistas e profissionais, onde a maioria morreu.
Noticias
como essas causam além de tristeza, algumas reflexões diversas. Quem assiste de
longe a tudo isso reflete e sente diferente do que aqueles que estão sentindo
na pele a perda de um ente querido.
Não
vou falar sobre o acidente aqui e a tristeza gerada por este, mas sim sobre um
ato observado pós-acidente.
O
time de futebol estava a caminho de um jogo importantíssimo para o clube para
disputa de uma Taça. Após a tragédia, o time adversário informa que abriria mão
da taça (premio) e dedicaria ao time cuja maioria já não tinha mais vida.
Bem, em meio a tamanha dor, um gesto de
gentileza. Obviamente não ameniza em nada, mas demonstra uma consternação por
parte de quem fica.
Diante
dessa ação que para alguns é super-relevante e para outros nada importa, me
coloco a pensar sobre essa palavra: Gentileza!
Em
que momento da vida, nós somos gentis? Em qual momento da nossa caminhada
abrimos mão da taça em prol do outro?
Diante
de fatos trágicos em que nossa emoção fica a flor da pele talvez seja mais fácil
abrir mão da taça, ou seja, abrir mão do que pudesse ser nosso, algo que queríamos
muito, em favor de alguém ou por uma situação. Mas e quando não temos nenhum ”motivo”
aparente para isso? Penso que nesse caso a gentileza fica um pouco mais
encoberta pelas nossas razões, vontades,
desejos e confortos.
É
preciso abrir mão de algumas ou muitas coisas para termos uma vida de
gentileza. Pode ser que isso custe um preço um pouco alto aos nossos olhos, mas
com certeza o fruto disso será maravilhoso.
Tire
a mão da taça! Seja gentil!
Por
Daniele S. Ramos
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