sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

NÃO POSSO SER MÃE!

Ser mãe, poder gerar é divino. Toda mulher, ou praticamente toda, sonha em um dia ter um filho, constituir uma família. Sonha com o nome, como vai ser a fisionomia, para quem vai “puxar”, enfim. Sempre tive esse sonho e me planejei para isso. Busquei fazer tudo para que, quando chegasse a minha vez, fosse realmente uma realização maravilhosa. Depois de algum tempo de casados decidimos que chegara a hora e começamos a “tentar” ter um filho. Havia uma promessa de Deus sobre nossas vidas de teríamos uma filha e com base nessa promessa nossa esperança foi fundamentada. Mas um dia ouvi uma frase que mudou tudo em mim naquele momento: Você não pode ser mãe! Sim, meu mundo praticamente caiu. Meu marido e eu tínhamos diagnósticos médicos que diziam isso, que não poderíamos ter um filho, ou pelo menos não da maneira que imaginávamos. Não tenho como contar aqui quantos testes de farmácia, quantos exames de sangue, quantos meses na expectativa que de esse diagnóstico estava errado, mas a cada mês que passava parecia que eu morria por dentro em ver que realmente eu não era capaz de gerar. Mas, e a promessa? Deus me disse que eu teria um filho, mas, como seria? Adoção? Sim, pode ser! Filhos de coração? Poderia ser, mas eu queria sentir dentro de mim. Que promessa então Deus tinha me feito? Você já passou pela experiência de ter uma promessa sobre sua vida e cada vez mais as evidencias mostrarem que é impossível? O que fazer então? Deixe-me continuar a minha história... Passaram-se sete anos e ainda queimava o desejo da maternidade em mim, mas comecei a pensar que talvez a promessa fosse diferente, talvez minha maternidade acontecesse de outra maneira que não gerar meu próprio filho. Bom, tantos anos e o sentimento de desistência começaram a me invadir. Amargura e dor ficaram engavetadas e de vez em quando eu abria as gavetas, mas logo as fechava, afinal, não ajudaria mais sofrer tanto. Certo dia, depois de um treino bem intenso na academia, senti dores abdominais que me deixaram um pouco apreensiva, mas não dei muita bola. No dia seguinte, lá estava eu novamente malhando e me veio um pensamento: E se eu estiver gravida e estou pegando pesado aqui? Mas logo outra voz em mim me disse: Você gravida? Claro que não! Saí dali e sem falar nada para ninguém comprei o teste que tanto já havia me feito sofrer, mas dessa vez resolvi sofrer sozinha. O teste era tão barato que ao fazê-lo, aquela única linha fatídica apareceu e logo vi que mais uma vez eu estava me iludindo. Depois de alguns minutos resolvi voltar e buscar o teste dentro do lixo (isso mesmo, eu já tinha jogado fora) e quando vi, estava lá, uma segunda linha sem “sem graça”, quase transparente... mas estava lá. Mas que exame ruim, pensei, só pode estar errado, mas, e se não? Vamos ao exame de sangue. A essa altura eu e meu marido estávamos ansiosos com a esperança de ter havido um milagre. Inevitável não chorar escrevendo isso! Enfim, tenho vontade de detalhar tudinho aqui, mas haja post né rsrs! Foi em 10 de março de 2012 que então recebi a noticia: A sua vez chegou! Você está gravida!!!! (pausa para minhas lágrimas). Era verdade, a promessa estava se cumprindo na minha vida. Valeu a pena clamar, suplicar, esperar, mesmo que em alguns momentos a dúvida e a tristeza tomassem meu coração. Deus com sua infinita graça não levou em consideração os meus questionamentos sem fundamento, pois Ele sabia o momento certo que iria me abençoar. Como eu aprendi em meio a tanta dor! Minha gravidez também foi um milagre, e vou compartilhar em outro momento, mas quero com essa parte da minha historia dizer a você que esteja passando por situação semelhante a minha (mesmo que seja em outra área) que Deus não esquece de você, mesmo sem merecer Ele nos ama e tudo que Ele prometeu, cumprirá! Desejo que você viva Salmos 126 (leia), assim como eu vivi, mesmo chorando, plante, pois no devido tempo você colherá seus frutos e ficará como quem sonha!

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