Ser mãe não é fácil, é uma
mistura de sentimentos e todos muito intensos: orgulho, realização, culpa, arrependimento e
tantos outros que permeiam cada momento com nossos filhos. Mas para mim os
momentos de dizer não é quando estes sentimentos mais se misturam.
Dizemos não por muitos motivos,
pra ensinar o jeito correto e educar nossos filhos, mas mostrar que tem tempo
de todas as coisas e que em situações diferentes devemos agir diferentes. Mas
quero trazer a reflexão do que está por trás do não, do que nossos filhos
aprendem quando dizemos não. Não estou falando pura e simplesmente das questões
que envolvem as regras, pois como pedagoga sei o quando é importante que nossos
filhos incorpore cada uma delas, porém como ser humano admito que meu filho é
resistente as regras.
Penso naquelas situações que
pensamos que não faz mal, é só isto ou aquilo, sabe? Vivi algo assim neste
início do ano, uma situação que pra muitos pode parecer banal, mas que me levou
a uma intensa reflexão. As aulas já iam começar e meu filho não tinha uma
mochila nova, porém a do ano anterior ainda estava e perfeitas condições de uso
e ao mesmo tempo que eu tinha a consciência de que uma mochila nova era
totalmente desnecessária eu que incomodei ao ver todos os coleguinhas dele da
escola com suas novas mochilas. Pensei que ele se incomodaria, que talvez algum
amigo comentasse que a dele não era nova e em um impulso queria sair correndo
pra comprar. Você pode estar lendo isto e achando uma bobeira ter mochila nova
ou não, ou talvez esta situação também incomodasse seu coração, mas pelo medo
do que as pessoas diriam você jamais contaria. Mas eu não! Resolvi abrir meu
coração e assumir minha fraqueza, sim, neste momento fui fraca!
Então refleti sobre o que eu
estaria ensinando um filho, dar-lhe uma mochila nova sem necessidade poderia
estimular o consumismo, o modismo e principalmente a desvalorização das coisas.
Foi então que decidi não comprar! E neste momento percebi o quanto este drama
era só meu, pois meu filho não estava se importando com isto, estava feliz com
o que tinha e dificilmente se sentiria atingido por não ter o novo.
Trouxe este simples exemplo pra
chamar atenção de tantas mães como eu, que às vezes, age impulsivamente por
algo que nem se quer atinge seus filhos. Parei pra pensar na sabedoria que a
Bíblia tanto diz e percebi o quanto eu ainda preciso dela.
É preciso sabedoria pra saber a hora de dizer
não!
Mas a sabedoria que
vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia
de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera.
Tiago 3:17
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